ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO TIBIRIÇA

Área: 4.558,00 m² (antigo matadouro da Prefeitura Municipal de Bauru)
Interceptores: 1.116,00 metros na região urbana até a ETE e 1.043,00 metros desta até ao Córrego da Barra Grande
Córrego: Barra Grande Baixo (um dos afluentes do Ribeirão Água Parada na Bacia do Rio Batalha)
Constituição do tratamento: gradeamento grosseiro e fino, desarenador, calha Parshall, decantador primário, filtro anaeróbio de fluxo ascendente, sistema de alagados construídos, leito de desidratação de lodo e lançamento do efluente final em corpo receptor. O sistema de tratamento denominado ?Alagados Construídos? é considerado de baixo custo financeiro, apresenta operacionalidade simples, possibilita o reúso da água em atividades econômicas rentáveis e podem ser incorporados à paisagem local
Vazão: 6,0L/s (litros por segundo) ou 504 m³/dia (metros cúbicos por dia)
Monitoramento: Laboratório de Águas Residuárias do DAE instalado na Unesp/Bauru
População: 1.004 habitantes (100%)
Investimento: R$ 600.000,00

A Estação de Tratamento dos Esgotos Tibiriçá, pertencente ao Município de Bauru. Este Distrito foi criado pela Lei nº 1675 de 09/12/1919 com terras desmembradas do Distrito de Jacutinga, anexado ao município de Bauru, com área de aproximadamente 229.923,00 m², distante da área urbana de Bauru aproximadamente 14 km. O Distrito tem acesso pela Rodovia Marechal Rondon sentido Bauru- Lins na altura do Km 360 entrando a esquerda na vicinal BRU–15 e percorrendo aproximadamente 3,0 km, até a área localizada a direita no sentido Rondon - Tibiriçá.

A ETE Tibiriçá foi implantada para atender uma população inicial de 1.000 habitantes e atende hoje aproximadamente 1.200 habitantes, com vazão inicial de 4,0 a 6,0 litros por segundo (L/s). Em 2009 a estação foi projetada pela Faculdade de Engenharia da UNESP de Bauru e pelo DAE, através de convênio firmado e a obra foi executada pelo Departamento com custo total de R$ 600.000,00 (seiscentos mil reais).

O processo de tratamento de esgoto completo contempla:

Tratamento Preliminar

Gradeamentos grosseiro que removem os sólidos grosseiros, cujas dimensões maiores como panos, pedras, madeira etc. e pelas grades finas que retém material de menor diâmetro.

Os resíduos sólidos retirados dos gradeamentos são dispostos em lixo orgânico comum.

Caixa desarenadora ou caixa de areia: remove através de sedimentação os sólidos mais densos que a água, e que se depositam por ação da gravidade e não mais se levantam pela ação das correntes. A areia do desarenador são desaguadas e acondicionadas em bags geotêxteis para posterior destinação em aterro sanitário.

O DAE tem CADRI (Certificado de Movimentação de Resíduos de Interesse Ambiental) expedido pela CETESB para a correta disposição da areia.

Medição de Vazão por Calha Parshall: a vazão média da estação hoje é de 6,0 litros por segundos (L/s).

Tratamento Primário

Decantador primário para sedimentação de sólidos (lodo).

Decantador primário: São unidades que recebem os esgotos da unidade preliminar, isentos de sólidos removidos anteriormente, com a finalidade de remover os sólidos sedimentáveis (orgânicos e inorgânicos), de tal forma a permitir que os esgotos estejam em condições de serem submetidos a tratamentos secundários.

Tratamento Secundário

Filtro Anaeróbio Manta de lodo com Fluxo Ascendente e Sistema de Alagados Construídos (Constructed Wetlands) e Lagoa de Sedimentação.

Filtro Anaeróbio Manta de lodo com Fluxo Ascendente: O filtro anaeróbio é um tanque contendo material de enchimento meio suporte inerte que forma um leito fixo (isopor). Na superfície do material ocorre a fixação e o desenvolvimento de microrganismos (biofilme) que se agrupam na forma de flocos ou grânulos. Os compostos orgânicos solúveis contidos no esgoto bruto entram em contato com a biomassa difundindo-se através do biofilme, sendo convertidos em produtos intermediários e finais, como metano e gás carbônico.

Sistema de Alagados Construídos (Constructed Wetlands): Os SACs são reservatórios preenchidos com materiais porosos, geralmente constituídos por areia, brita, solo ou cascalho que serve de suporte para o cultivo de macrófitas. No meio suporte, desenvolve-se um biofilme entremeado pelas raízes das plantas, o qual favorece a degradação de parte da matéria orgânica em solução, remoção por meio de processos físicos, os sólidos sedimentáveis e sólidos suspensos, ocorrendo depuração das águas residuárias. A estação utiliza-se de três Sistemas de Alagados Construídos de fluxo vertical, o primeiro constituído por Lírio do Charco, o segundo com Papirus gigante e o terceiro com Taboapara remoção da matéria orgânica e retenção de nutrientes através de seus rizomas.

Lagoa de Polimento: a lagoa tem por finalidade adequar a qualidade do efluente anaeróbio à qualidade exigida pelas normas vigentes para ser lançado em corpo receptor.

Tratamento da fase sólida: lodo biológico retirado do Filtro biológico é encaminhado para o bag geotêxtil e com adição de polímero catiônico o lodo é desaguado.

O lodo biológico da ETE Tibiriçá é classificado como Resíduo Classe II-A (não perigoso e não inerte pela Norma Técnica NBR 10.004/2004 Classificação dos Resíduos Sólidos.

O DAE tem CADRI (Certificado de Movimentação de Resíduos de Interesse Ambiental) expedido pela CETESB para a correta disposição do lodo biológico.

O lançamento dos efluentes tratados da ETE Tibiriçá são lançados, de acordo com a CONAMA 430/2011 e Decreto Estadual nº 8.468/76, no córrego Barra Grande de Baixo, também conhecido como córrego do Sossego, afluente do Ribeirão Água Parada, considerado Classe II.


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LOCALIZAÇÃO

endereço:
Rodovia Marechal Rondon, sentido Bauru-Lins (KM 360), à esquerda na vicinal BRU-15, mais 3,6 km